Juíza ponderou que se não fosse a ação do marido, poderia estar morta. “Eu posso afirmar com certeza que, se não fosse a ação do João saindo do carro para desviar o foco dos criminosos, eles conseguiriam fazer com que os disparos de fuzil ultrapassassem a blindagem do meu carro. Ele não reagiu, ele agiu para me salvar, ele deu a vida para me salvar”, declarou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, hoje.
Tula contou que usou técnicas de defesa recebidas do Tribunal de Justiça do Rio e do marido para conseguir escapar. “Ele me treinou para que eu pudesse usar na prática estes mecanismos de defesa”.
Ela também afirmou querer justiça pela morte do marido. “Será que não estão vendo que a violência está banalizada e ninguém está fazendo nada? Estamos em um ponto que se tem algo pior que isso, nunca vi. O João costumava dizer que as coisas só melhorariam quando as autoridades passassem a ser afetadas pela violência. Eu não imaginei que eu fosse ser justamente a autoridade para que alguém pudesse fazer algo concreto. Não vou sentar ali como vítima, vou agir, fazer o que for necessário para que seja dada a punição e para que a gente consiga uma cidade onde nós possamos circular livremente”.
Entenda o caso
João Pedro Marquini foi morto a tiros na Grota Funda no último domingo. Ele e Tula, do Tribunal do Júri, estavam em carros separados. Ela seguia em seu carro particular blindado e o agente vinha logo atrás, sozinho. Na altura do Túnel da Grota Funda, criminosos atacaram.
Juíza não se feriu. O carro dela foi atingido por disparos, mas os tiros não perfuraram o automóvel.
noticia por : UOL