Paralelamente, o líder republicano quer impulsionar novamente a diplomacia entre países árabes, retomando a ideia dos Acordos de Abraão, firmados ainda no seu primeiro mandato entre Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Israel.
No entanto, o envolvimento de Trump com esses países ultrapassam os interesses nacionais. No mês passado, o segundo filho do líder republicano, Eric, fechou um acordo para desenvolver um clube de golfe de US$ 5,5 bilhões no Catar. Já a Organização Trump tem pelo menos três projetos em andamento na Arábia Saudita, incluindo empreendimentos residenciais e um campo de golfe.
Guerra em Gaza é pano de fundo
Embora Israel não esteja na agenda da atual viagem de Donald Trump ao Oriente Médio, o envolvimento dos Estados Unidos na guerra entre Israel e o grupo Hamas rouba a cena. Na segunda-feira (12), o Hamas libertou o israelo-americano Edan Alexander, que servia o Exército de Israel e era mantido como refém na Faixa de Gaza desde os ataques de 7 de outubro de 2023.
A libertação foi descrita por Trump como um “passo de boa fé” do grupo palestino em direção aos Estados Unidos e aos esforços dos mediadores – Catar e Egito – para colocar fim à guerra. “Tomara que este seja a primeira das etapas finais para acabar com este conflito brutal”, publicou na rede social X.
Apesar disso, a atual administração Trump mantém um alinhamento firme com Israel. Em março de 2025, o governo americano aprovou o envio de US$ 4 bilhões em armamentos ao país, contornando o Congresso. A aliança também se manifesta em frentes ideológicas: em fevereiro, Trump divulgou um vídeo gerado por inteligência artificial que simula um resort de luxo na Faixa de Gaza. Em uma das cenas, o presidente aparece ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ambos sem camisa, brindando à beira de uma piscina.
noticia por : UOL