Pleito foi antecipado após queda do governo do direitista Luis Montenegro. Campanha também foi marcada por internação de líder do Chega e favoritismo da direita moderada nas pesquisas. Os portugueses vão às urnas neste domingo (18) para eleger um novo Parlamento, naquela que será a terceira eleição legislativa em apenas três anos. A instabilidade política, provocada por escândalos e disputas partidárias, levou o país a mais uma antecipação do pleito.
De acordo com diferentes pesquisas, a coligação Aliança Democrática (AD) dos partidos PSD e CDS, de Luís Montenegro, segue na frente com cerca de 34% das intenções de voto, com boa vantagem para o Partido Socialista, liderado por Pedro Nuno Santos, que teria cerca de 27% dos votos.
Segundo as sondagens, o Chega seria terceiro partido mais votado com cerca de 15,2% das intenções, e o Iniciativa Liberal pode alcançar entre 7 e 8% dos votos. Se confirmadas essas projeções, a Aliança Democrática teria o maior número de cadeiras, e, em uma aliança com o Iniciativa Liberal, poderia ter maioria absoluta na Assembleia.
Concorrem às eleições legislativas um total de 21 partidos e/ou coligações, entre ele o Partido Liberal Social, que estreia nas urnas.
Mais de 10,8 milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro estão inscritos nas legislativas antecipadas que vão eleger os 230 deputados à Assembleia da República.
Voto em trânsito bate recorde
Um dos destaques deste pleito é a elevada adesão ao voto antecipado e em trânsito. Segundo o Ministério da Administração Interna, 333 mil eleitores se inscreveram para votar antes da data oficial — um número recorde desde a implementação dessa modalidade.
Destes, mais de 314 mil efetivamente compareceram às urnas no último domingo, representando 94,45% de participação.
Além do voto em trânsito, também votaram antecipadamente presos e doentes internados, totalizando 318.852 eleitores — o equivalente a 3,44% do total do eleitorado. A taxa de participação foi de 94,4% entre os presos e de 86,29% entre os doentes.
Internação durante campanha
A reta final da campanha foi abalada por um incidente envolvendo André Ventura. O líder do Chega foi internado na quinta-feira (15) após passar mal durante uma caminhada eleitoral. Segundo informações do hospital, Ventura sofreu um espasmo esofágico, mas já teve alta médica. Esta foi a segunda indisposição do candidato em menos de 48 horas – a primeira ocorreu na terça-feira, durante um jantar-comício.
Apesar de estar fora de perigo, o candidato não deve retornar à campanha, que se encerra oficialmente nesta sexta-feira, 16. A ausência do líder poderá impactar o desempenho do partido na votação.
Crise política e nova eleição
A nova eleição legislativa foi convocada após a rejeição de uma moção de confiança ao então primeiro-ministro Luís Montenegro.
O estopim da crise foi uma denúncia envolvendo a empresa Spinumviva, pertencente à família do próprio Montenegro, que supostamente teria recebido pagamentos irregulares de um grupo de cassinos, levantando suspeitas de conflito de interesses.
O caso levou o presidente Marcelo Rebelo de Sousa a dissolver o Parlamento e convocar o novo pleito.
No total, mais de 10,8 milhões de portugueses — residentes no país e no exterior — estão aptos a votar neste domingo, em uma disputa que envolve 21 partidos e coligações, incluindo a estreia do Partido Liberal Social.
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Fonte: G1
- Mato Grosso, 16 de maio de 2025 18:39