O crescimento de 65,59% na frota de veículos nos últimos 10 anos em Rondonópolis reflete a força da economia local. É ainda um fator que contribui para o aumento de empresas voltadas para o setor. O levantamento é da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Rondonópolis conta hoje com a maior frota de veículos do interior de Mato Grosso, com 207.468 veículos licenciados conforme dados do Detran/MT referentes a agosto de 2023. Proporcionalmente, a cidade tem atualmente a maior quantidade de veículos por habitante. São 847 veículos para cada mil habitantes, proporção maior que a de Cuiabá, com 727 veículos para cada mil habitantes e de cidades do interior como Sinop, que conta 781 para cada mil.
Esses números refletem na economia local. Segundo dados do Caged, dos 71 mil trabalhadores formais atualmente empregados, 4 mil estão em empresas diretamente ligadas com o setor. Ao todo, a cidade possui 2.273 empresas ativas que são voltadas para o setor de transporte e trânsito, que compreendem postos de combustíveis, estacionamentos, lojas de comercialização, oficinas dos mais diversos tipos de reparos e manutenções.
Para o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Alexsandro Silva, ao mesmo tempo em que o crescimento da frota de veículos traz grandes desafios para o trânsito, segurança e saúde, exigindo maiores investimentos em vias, sinalização e orientação aos condutores, requer mais fiscalização pelos órgãos de segurança e, inevitavelmente, ampliação da estrutura de atendimento da saúde, contribui na geração de riqueza para a cidade e proporciona maior arrecadação em impostos que vão ser revertidos à população para gerar mais cidadania.
O secretário aponta, contudo, que é importante, sobretudo, ressaltar os inúmeros benefícios que a cidade tem com esse crescimento, que vai além da comodidade das pessoas na hora de se deslocar de um ponto para outro por diversas razões.
“São centenas de empresas e milhares de trabalhadores voltados para esse setor, tanto na comercialização quanto nos serviços, resultando em geração de riqueza para a cidade, mudando a realidade de vida de empreendedores, trabalhadores e, claro, contribuindo com impostos que são revertidos em bens e serviços públicos para aqueles que contam com a ajuda do poder público para ter mais cidadania”, analisa.