A defesa de João Vitor Barbosa Cruz pediu sua absolvição ante à suposta ‘fragilidade’ das provas no processo em que ele é réu por ter matado as irmãs Ysabela Raiane Rodrigues dos Santos e Brenda Raquely Rodrigues do Santos, à época com sete e nove anos de idade, respectivamente. Processo teve a fase de instrução encerrada e João Vitor aguarda preso o resultado da sentença de pronúncia.
O caso aconteceu no fim de julho de 2023, em Rondonópolis (218 km de Cuiabá), quando o réu dirigia uma caminhonete furtada. Ao se deparar com uma perseguição policial, ele fugiu em alta velocidade e acabou se envolvendo num acidente com o carro da família das vítimas. O pai, a mãe e o irmão das duas meninas ficaram feridos no episódio.
Nas alegações finais, porém, a defesa do réu alegou que, embora João Vitor tenha admitido que sabia que dirigia veículo produto de crime, não teve ‘tempo’ para assumir o risco de produzir a morte das irmãs, conforme aventado pelo Ministério Público na denúncia.
Segundo a peça, ‘não houve tempo para que o acusado pudesse ter visualizado que tal fuga colocaria em risco a vida de transeuntes’ uma vez que já passava de 22h e o réu experimentava medo e nervosismo diante da perseguição policial.
A defesa também chamou de ‘nebulosos’ os depoimentos dos sobreviventes e argumentou que a ação não pode ser embasada tão somente nos relatos de testemunhas. Subsidiariamente, se descartada a absolvição, pugnou pela impronúncia do réu “haja vista a inexistência mínima de requisitos de dolo em face do delito constante no artigo 121 do Código Penal, gerando, pois, a atipicidade de sua conduta, por mais tristes e reprováveis que sejam os resultados”.
hnt;
