RONDONÓPOLIS E CUIABÁ|: Operação da PF contra comércio ilegal de diamantes apreende joias e R$ 115 mil

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26), a ‘Operação Itamarã’, para desarticular organização criminosa voltada à extração e ao comércio ilegal de diamantes. Em Mato Grosso, a PF está com duas equipes em Cuiabá e uma em Rondonópolis (216 km de Cuiabá), apoiando a ação comandada por São Paulo. Na Capital, houve a apreensão de joias, R$ 115 mil, telefone do alvo com senha, 19 pedras aparentemente preciosas, uma Hilux 2022 e pequenas quantias de dólar e euro.

Em dezembro de 2020, uma nova carga pertencente a mesma organização criminosa foi interceptada no Aeroporto de Confins, pela Receita Federal, daquela vez, barras de ouro com destino aos Estados Unidos.

Em mais uma oportunidade, mediante cooperação policial internacional com agentes da agência americana HSI (Homeland Security Investigations) da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, foi possível apreender com um dos integrantes da organização, ao ingressar nos EUA, cerca de quarenta diamantes brutos.

Até o presente momento, já há provas que a organização criminosa estendeu sua atuação por mais de uma dezena de países, envolvendo fornecedores, clientes e instituições bancárias utilizadas para a engenharia financeira, com movimentação de valores superiores a R$ 30.000.000 – referindo-se apenas ao período da investigação.

Foram identificadas negociações com pessoas nos países da China, Inglaterra, Bélgica, Emirados Árabes, Estados Unidos, Cingapura, França, Canadá, Gana, Namíbia, África do Sul, Espanha, Serra Leoa e Suíça, além da estruturada atuação em território brasileiro em diversos estados da Federação.

Entre os recursos criminosos utilizados estão a abertura de empresas, com o fim específico de emissão de notas fiscais falsas para enganar os órgãos de fiscalização, e a cooptação de empresas legítimas, devidamente regularizadas no Cadastro Nacional de Comércio de Diamantes Brutos (CNCD), para emissão de documentos falsos e viabilização da remessa das pedras ao exterior.
O nome da operação Itamarã faz referência à comunidade indígena Tekoha Itamarã, de etnia Guarani, a qual utiliza o nome Itamarã em referência a diamante.

Os envolvidos responderão por crimes tipificados no art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.176/1991 (Lei dos Crimes contra a Ordem Econômica), art. 2º, Lei n. 12.850/2013 (Lei de repressão a organização criminosa) e arts. 334-A, § 1º, II, 180, §1º, ambos do Código Penal, além de outros que porventura forem constatados no curso das investigações, cujas penas máximas podem somar mais de 30 anos de prisão.
Ademais, a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 38 milhões dos investigados.

hnt.

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