Após encontro, Trump diz que foco é cessar-fogo na Ucrânia o quanto antes; Macron afirma que acordo precisa garantir soberania de Kiev


Presidente dos EUA recebe o francês na casa Branca nesta segunda-feira (24) para discutir a guerra no Leste Europeu. Donald Trump recebe o presidente da França, Emmanuel Macron, na Casa Branca, em 24 de fevereiro de 2025
Brian Snyder/Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (24) que o foco é ter um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia o mais rápido possível para chegar a uma paz permanente.
Trump fez os comentários em uma entrevista coletiva com o presidente francês Emmanuel Macron na Casa Branca, que defendeu um acordo de paz que garanta a soberania da Ucrânia frente ao avanços expansionistas de Moscou.
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Trump também disse que os EUA tiveram “algumas ótimas conversas” com a Rússia desde que assumiu o cargo em 20 de janeiro em direção à paz no Leste Europeu.
Ambos os presidentes acordaram sobre a presença de militares de países europeus na Ucrânia para garantir a paz após a assinatura de um acordo.
Trump, que disse já ter conversado por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou ainda que “Putin aceitará” a permanência dessas tropas em território ucraniano.
Ao longo da guerra da Ucrânia, que completou três anos nesta segunda, Putin disse diversas vezes que consideraria a presença de tropas do Ocidente na Ucrânia como uma declaração de guerra direta.
Neste caso, no entanto, as tropas europeias não lutariam ao lado de soldados de Kiev, mas seriam enviadas para manter a paz no país após um eventual fim da guerra.
O encontro entre Trump e Macron ocorre após dias de tensão nos bastidores, frente a uma aproximação da Casa Branca com o presidente russo, Vladimir Putin. Na última quarta (19), Trump chamou Zelensky de “comediante modestamente bem-sucedido” e “ditador”, além de fazer ameaças diretas.
Dois dias depois, ele afirmou que a presença de Zelensky na mesa de negociações não era muito importante: “Ele está lá há três anos. Ele faz com que seja muito difícil fechar acordos”, afirmou, em uma entrevista.
Zelensky, por sua vez, acusou Trump de exigir US$ 500 bilhões em riquezas da Ucrânia em troca de apoio dos Estados Unidos. O presidente ucraniano afirmou ainda que não poderia vender o próprio país.
Representantes dos EUA e da Rússia chegaram a se reunir na Arábia Saudita para negociar o fim do conflito sem a presença de nenhuma autoridade ucraniana.
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Reunião de emergência
No último dia 17, líderes europeus já haviam afirmado estar prontos para enviar tropas de paz para a Ucrânia após a assinatura de um acordo de paz entre Moscou e Kiev. O continente demonstrou preocupação com a aproximação entre Donald Trump e Vladimir Putin.
Os europeus defenderam aumentar o gasto militar para se proteger da ameaça expansionista da Rússia, após uma reunião de emergência realizada em Paris.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse estar “pronto e disposto” a enviar tropas britânicas para a Ucrânia como parte de um possível acordo de paz.
O presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu os aliados europeus na Otan (aliança militar ocidental criada na Guerra Fria para frear a União Soviética) e na Ucrânia no início do mês passada quando anunciou que havia mantido uma ligação com Vladimir Putin sem consultá-los e que iniciaria um processo de paz.
No domingo (23), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse estar disposto deixar o governo de seu país em troca de um fim da guerra na Ucrânia.
Zelensky também condicionou uma eventual saída do cargo à entrada da Ucrânia na Otan. Disse ainda que está disposto a uma saída imediata do cargo e que “não planejo estar no poder por décadas”.
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Fonte: G1

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