As conclusões são resultado de uma colaboração com o Observatório francês de Apidologia, que se dedica à pesquisa, proteção e promoção da apicultura e da biodiversidade relacionada às abelhas e reúne diferentes tipos de amostras de própolis, mel e outros produtos.
A própolis é uma substância elaborada pelas abelhas a partir de resinas secretadas pelas árvores e serve para vedar os espaços da colmeia. Suas propriedades antibacterianas protege a colônia contra a entrada de parasitas e a proliferação de germes.
“Atualmente temos acesso a cerca de 200 tipos de amostras de própolis do mundo inteiro. Em nosso laboratório, nós caracterizamos a atividade antimicrobiana da substância e rapidamente percebemos que algumas delas, principalmente aquelas que vinham de Ruanda, eram muito ativas contra o micróbio que causa a acne”.
A equipe começou a ter acesso às amostras há cerca de dois anos e, desde então, tem se dedicado ao aperfeiçoamento das técnicas para extrair a própolis. “Extraímos as moléculas ativas da própolis e a partir daí pudemos realizar os testes antimicrobianos”, disse o cientista francês.
A própolis é diferente em função do ecossistema e das árvores utilizadas pelas abelhas para sua fabricação. “É claro que as espécies de árvores presentes na Europa e na África são totalmente diferentes. Em Ruanda, existe uma floresta primária. Isso significa que lá existem espécies de árvores que não são encontradas em outros lugares”.
Segundo o pesquisador francês, essa diversidade dá uma dimensão da riqueza das moléculas da própolis. “Toda vez que uma colmeia se instala em algum lugar, terá uma própolis com outra composição. São cerca de 150 moléculas que agem de forma diferente contra bactérias, células cancerígenas, ou de outros tipos.”
noticia por : UOL