Datafolha: 66% veem Lula candidato à reeleição no ano que vem

O presidente Lula (PT) será candidato à reeleição no ano que vem. Essa é a percepção de 66% dos eleitores brasileiros, segundo a mais recente pesquisa do Datafolha. Dizem ter certeza disso 42% dos entrevistados —e 24% avaliam que talvez.

O índice total é quatro pontos percentuais superior ao aferido pelo instituto na rodada anterior, no começo de abril. Neste levantamento, foram ouvidas 2.004 pessoas com mais de 16 anos em 136 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Já aqueles que não creem em mais uma candidatura de Lula ao Planalto, que ele disputou seis vezes, ganhando três, passaram de 34% para 28%.

O motivo da convicção está na postura do presidente, que tem se colocado mais claramente como o candidato do campo da esquerda num momento de divisão nas hostes adversárias. A direita que se organizou em torno de Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e 2022 agora busca alternativas, dada a inelegibilidade do ex-presidente.

Ele foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral a ficar fora de pleitos até 2030 pelo seu trabalho contra o sistema eleitoral no pleito que perdeu para Lula em 2022. Mas permanece como ponto focal de seu grupo, que testa nomes de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) ou da família Bolsonaro —a esposa, Michelle, e os filhos Flávio e Eduardo.

Nas últimas semanas, Lula adotou um discurso mais incisivo contra Bolsonaro, em tom de campanha. Passou a criticar inclusive o deputado Eduardo, que está nos Estados Unidos buscando apoio para sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, a quem acusa de perseguir seu pai, entre outros.

Ao mesmo tempo em que a candidatura parece certa, ela é rejeitada por 57% dos entrevistados. Para eles, Lula não deveria buscar a reeleição, ante 41% que defendem a empreitada.

Para 67%, Bolsonaro deveria abandonar a ideia de ser candidato, algo que legalmente será impossível de todo modo. Já 29% dizem que ele deve insistir.

A insistência tem a ver com a necessidade de manter a influência no campo da direita, mesmo que venha a ser preso no julgamento da trama golpista —Lula fez o mesmo em 2018, mantendo a candidatura na prisão até ser impugnado, lançando então Fernando Haddad (PT), que acabou perdendo para o hoje ex-presidente.

noticia por : UOL

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