Duas empresas se inscrevem na licitação para modernização do parque Dom Pedro 2º, em SP

Duas empresas se interessaram pela parceria público-privada (PPP) para modernização da região do parque Dom Pedro 2º, na região central de São Paulo, em projeto orçado em R$ 2,19 bilhões.

As candidatas, divulgadas nesta terça-feira (27), são a Zetta Infraestrutura e Participações S/A, com contrapartida pública de aproximadamente R$ 5,6 milhões, e o consórcio Novo Dom Pedro, de R$ 5,8 milhões. O valor máximo de contrapartida previsto pela Prefeitura de São Paulo é de R$ 5,8 milhões, sendo que o vencedor será o de menor valor.

Apesar das ofertas, a empresa vencedora da licitação só será divulgada em 30 dias, após análise de documentação.

O projeto, cuja previsão de investimentos é de R$ 717 milhões, tem como ponto de partida a modernização do terminal Parque Dom Pedro 2º, que será ampliado e conectado à estação Pedro 2º do metrô, ao Expresso Tiradentes e, futuramente, ao BRT da Radial Leste, já em fase de obras.

De acordo com os termos de licitação, a vencedora poderá gerir o parque por 30 anos e deverá realizar todas as intervenções previstas em contrato, além de ser responsável pelos serviços de limpeza, conservação, vigilância, manejo de áreas verdes e promoção de atividades gratuitas para a população.

O valor estimado do contrato é de R$ 2,19 bilhões e o poder concedente, a prefeitura, terá de desembolsar R$ 435 milhões nas fases de intervenções obrigatórias.

“A requalificação do parque Dom Pedro se soma a outros grandes projetos que vão transformar a região nos próximos anos. O Mercado Municipal já foi restaurado, as ruas comerciais estão sendo requalificadas, os calçadões do Triângulo e Quadrilátero estão em reforma e dois grandes projetos, do Bonde/VLT que terá uma função estratégica naquela região, de conectá-la ainda mais com o restante do centro”, diz Fabrício Cobra, Secretário Municipal das Subprefeituras.

A parceria também prevê o compartilhamento anual da receita bruta obtida pela concessionária com eventos no local. Dependendo dos ganhos e do fator de desempenho da concessionária, os valores repassados ao município podem alcançar até 12% do total dessas receitas.

Segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), o acesso ao futuro parque Dom Pedro 2º permanecerá gratuito e, como contrapartida, a empresa parceira poderá realizar atividades comerciais e eventos.

Também está prevista uma conexão com o Bonde São Paulo, projeto que será submetido a consulta pública e prevê um veículo leve sobre trilhos (VLT) no centro da capital.

A recuperação das praças Ragueb Chohfi e Fernando Costa, a implantação de quiosques, pistas de skate e mobiliário urbano também estão nos planos, criando espaços para a promoção de eventos, atividades e serviços para a população.

Além disso, as intervenções para requalificação da área incluirão obras estruturantes de drenagem e a criação de aproximadamente 100 mil m² de novas áreas verdes associadas a soluções de macro e micro drenagem, tornando a região mais preparada para as mudanças climáticas.

Para viabilizar a implantação do projeto e garantir melhorias no entorno, estão previstos o alargamento da avenida do Exterior, a implantação de uma nova ponte do Carmo em substituição aos viadutos Antônio Nakashima e 25 de Março, a reorganização da rua da Figueira e avenida Mercúrio, o alargamento e implantação de calçadas, além da criação de novas ciclovias, faixas azuis para motociclistas e faixas exclusivas de ônibus.

Isso permitirá que pontos de interesse do centro da cidade, como o Mercado Municipal Paulistano (Mercadão), o Museu Catavento, a Rua 25 de Março e o futuro Sesc, localizado entre as avenidas do Estado, Mercúrio e a Praça São Vito sejam acessados por turistas.

noticia por : UOL

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