Edição brasileira da revista Esquire será lançada em março

A revista Esquire chega ao Brasil em março. Serão, ao todo, seis edições impressas por ano, além do conteúdo digital. Atualmente, a revista está presente em 19 países.

Trazer a publicação ao país foi uma iniciativa da Call Editora, empresa fundada pelo publicitário Allan Barros e pelo jornalista Luciano Ribeiro. O ator Cauã Reymond estará no conselho editorial da publicação, como mostrou a Folha em outubro.

O projeto prevê um caderno de 16 páginas em papel jornal para a publicação de grandes reportagens. A Esquire poderá republicar matérias veiculadas em outros países.

Fundada em 1933 nos Estados Unidos, a revista contou com colaborações de nomes como Gay Talese, Ernest Hemingway e George Lois.

“Ficou provado que o interesse do leitor pela grande reportagem, por textos mais elaborados e até opinativos, está mais vivo do que nunca. Acho que o maior exemplo é o sucesso da revista Piauí“, diz Cristiane Costa, professora do curso de jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A docente acredita que o jornalismo informativo básico tende a perder a atenção do público, enquanto grandes reportagens e o jornalismo literário crescem, num movimento de slow reading.

A Manchete é outro exemplo de publicação volta às bancas. A revista será relançada no dia 17 de março, com edições mensais impressas focadas em fotojornalismo.

Publicada pela primeira vez em 1952, a revista circulou semanalmente até 2000, quando o Grupo Bloch Editores faliu. Depois, foi comprada em 2002 e teve edições eventuais até 2007.

Cristiano Burmester, docente do curso de jornalismo da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), observa que, apesar de o direcionamento publicitário ter mensuração mais fácil e precisa no digital, o impresso oferece uma exposição mais prolongada dos anúncios.

O professor afirma que as revistas impressas atraem um público específico que, atualmente, busca por algo além da informação. “A experiência de leitura se assemelha a um ritual de lazer. O meio impresso dificilmente retomará a dimensão que já teve, mas, se bem trabalhado e dirigido a um público interessado, pode vencer barreiras.”


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noticia por : UOL

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