Em pronunciamento ontem, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques foram “apenas o começo”. Ele também afirmou que “negociações só ocorrerão sob fogo” e prometeu que os militares vão agir contra o Hamas “com intensidade crescente” para libertar todos os reféns e eliminar o movimento de resistência. “Voltamos a lutar com força”, completou Netanyahu.
Os EUA apoiaram Israel na retomada do conflito e afirmaram que o Hamas “escolheu a guerra”. “O Hamas poderia ter libertado os reféns para estender o cessar-fogo, mas escolheu a recusa e a guerra”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes, em nota.
Nesta quarta-feira, o exército israelense lançou panfletos em áreas no norte e no sul da Faixa de Gaza ordenando que moradores deixem suas casas. “Ficar nos abrigos ou na barraca atual coloca suas vidas e a de seus familiares em perigo, saiam imediatamente”, dizia um folheto.

Novos ataques nesta quarta-feira deixaram pelo menos 20 mortos, segundo profissionais de saúde locais. Dois funcionários das Nações Unidas morreram em um ataque que atingiu o edifício da ONU em Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, indicou nesta quarta-feira (19) à AFP uma fonte dessa organização internacional.
O Hamas ainda mantém 59 dos cerca de 250 reféns que Israel afirma terem sido apreendidos no ataque de 7 de outubro de 2023. O grupo acusa Israel de prejudicar os esforços dos mediadores para negociar um acordo permanente para acabar com os combates. Netanyahu, por sua vez, disse na terça-feira que havia ordenado os ataques porque o Hamas rejeitou propostas para garantir uma extensão do cessar-fogo até abril.
noticia por : UOL