“O número alto, de praticamente 50 mil pessoas, confirma que o número baixo que vimos em Copacabana em março não se deveu a uma suposta falta de apelo do tema da anistia, mas a uma convocação confusa que mudou várias vezes de tema e de cidade”, afirma Pablo Ortellado, professor de políticas públicas da USP e um dos coordenadores do levantamento.
Após a frustração com as cerca de 18,3 mil pessoas que compareceram ao ato pró-anistia, na manhã de 17 de março, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, o bolsonarismo se empenhou par a realização do evento deste domingo.
Mas, para efeito de comparação, o ato em apoio a Bolsonaro e que também defendeu a anistia, realizado em 25 de fevereiro de 2024, na avenida Paulista, reuniu 185 mil pessoas, às 15h, seu horário de pico. Ou seja, o ato de hoje foi 24% do realizado pouco mais de um ano atrás.
Já o ato convocado em São Paulo por movimentos sociais de esquerda contra a anistia, pela prisão de Jair Bolsonaro e em memória dos 61 anos do golpe militar de 31 de março de 1964 reuniu 6,6 mil pessoas, no dia 30 de março, na avenida Paulista. Todos os números são do Monitor do Debate Político.
Bolsonaristas querem ruas pela anistia, mas 56% do país é contra
A oposição diz que já têm votos suficientes para aprovar a anistia na Câmara dos Deputados, mas não conseguiu votar a urgência da matéria, o que faria com que fosse analisada diretamente no plenário sem a necessidade de passar pelo debate em comissões. Bolsonaro conta com a pressão de seus seguidores nas ruas para acelerar o trâmite do PL.
noticia por : UOL