Foco nos mais pobres: a rota de Lula para recuperar popularidade

No campo das medidas imediatas, o governo conta com a nova tarifa social de energia elétrica e a nova versão do vale-gás para melhorar a aprovação entre as famílias de baixa renda. Também considera que o pior da inflação de alimentos já passou, o que vai diminuir o desconforto das famílias. A aposta do Planalto é de que essas medidas, com o cenário de pleno emprego e um crescimento do PIB acima do projetado inicialmente, tendem a gerar uma sensação de melhora de vida entre os mais pobres.

Comunicação

Já no discurso, a orientação é intensificar a narrativa de que o governo tem um lado, e é o lado dos pobres. Isso deve ser explorado cada vez mais nas aparições públicas de Lula e também nas de seus principais ministros. Quem torceu o nariz para o último discurso do presidente, no qual ele disse que não foi eleito para beneficiar os ricos, deve se preparar para mais.

O Ministério da Fazenda tem usado esse argumento para defender as medidas econômicas apresentadas ao Congresso. Fernando Haddad, disse na semana passada que a medida provisória apresentada como alternativa ao decreto sobre IOF atingiria apenas os “donos de cobertura”.

Em entrevista ao É Notícia, da RedeTV!, nesta semana, o secretário de política econômica da Fazenda, Guilherme Mello, foi na mesma linha. “São pessoas muito ricas, extremamente ricas, que estão fazendo grandes aportes para evitar a tributação. (…) As pessoas que hoje utilizam instrumentos de planejamento financeiro para não pagar impostos. Impostos que, em sua maioria, os trabalhadores quando fazem investimento pagam”, disse Mello.

Ainda na comunicação da política econômica, o governo pensa em tornar mais clara e assertiva a comunicação sobre o projeto que amplia a faixa de isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que deve assumir uma cadeira de ministro no Planalto no segundo semestre, vem falando publicamente sobre o projeto do imposto de renda com uso da expressão “zerar o imposto”, em vez de “isenção”.

noticia por : UOL

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