12,7 MILHÕES|: Funcionários de cervejaria são alvos da polícia por desvio milionário de bebidas em Cuiabá

Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf) deflagrou na manhã desta quarta-feira (13) a Operação Ceres, que tem como objetivo cumprir 48 mandados judiciais quando uma quadrilha formada para desviar cervejas de uma fabricante nacional de bebidas na Capital. Além de buscas e apreensões, a Justiça determinou a penhora de R$ 12,7 milhões dos investigados.

 

De acordo com as informações da assessoria de imprensa do órgão, são cumpridos 18 buscas e apreensões domiciliares, 19 buscas e apreensões de computadores, celulares e quebras de sigilo telefônico, 6 ordens de sequestro e arresto de bens móveis, além de 4 quebras de sigilo bancário e fiscal.

 

Há ainda uma ordem de penhora de R$ 12.782 milhões dos investigados, que são funcionários da cervejaria e de duas empresas que prestam serviços logísticos à fabricante. O inquérito da Derf investiga crimes de: associação criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, receptação qualificada e falsidade ideológica.

 

Em uma das casas onde os investigadores cumpriram o mandado de busca, foi encontrada uma caixa térmica escondida com dinheiro. O valor total apreendido não foi divulgado, veja no vídeo abaixo.

 

Investigação

Conforme a PJC, a investigação começou quando a Associação Brasileira de Combate à Falsificação denunciou que estavam ocorrendo constantes desvios de lotes das cervejas Budweiser, Skol, Antártica, Brahma e Stella Artois na empresa fabricante em Cuiabá.

 

Com base na denúncia, a Derf apurou que o desvio estava sendo realizado por funcionários da cervejaria e de duas empresas que prestam serviços à fabricante. Eles atuavam na área de conferencista, porteiro, motorista, ajudante de motorista, carregadores e outros.

 

No esquema, as cervejas desviadas eram devolvidas pelos clientes da cervejaria. Para isso, eles falsificavam uma declaração por parte do conferencista e do porteiro, confirmando que os lotes das cervejas entraram na fábrica.

 

Mas, logo em seguida, a bebida era desviada aos receptadores. Apuração da equipe apontou que, entre os receptadores, está uma distribuidora na avenida Arquimedes Pereira Lima, a avenida do Moinho, na altura do Jardim Renascer. Lá, dois funcionários sabiam da trama.

 

O fabricante das cervejas informou que, por meio do sistema de controle de inventário, foi possível descobrir que o prejuízo causado é de quase R$ 12.800 milhões só entre os anos de 2021 e 2022.

gazetadigital.

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