O servidor ainda pode representar a autoridade em eventos públicos, se for necessário, e é dispensado das suas funções apenas se um segundo ajudante for designado para a escala ou se for nominalmente dispensado.
Cid dominou o cargo desde janeiro de 2019 e teve um salto na carreira durante seus anos com Bolsonaro, subindo de major para tenente-coronel. O militar se formou na turma de 2000 da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) e é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, amigo do ex-presidente desde a formação de ambos na mesma academia.
Como tenente-coronel, o ex-ajudante de ordens ganha R$ 26.239 brutos, ou R$ 17.152 após as deduções. Já sua remuneração civil era mais modesta, de R$ 1.734,92, e se encerrou junto com seu vínculo com a Presidência, em dezembro de 2022.
Joias e investigação
Cid foi escolhido ainda em 2022 para assumir o comando do Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia, mas foi barrado após pressão do governo Lula. A exoneração aconteceu em meio à depredação de prédios públicos em Brasília, em 8 de janeiro. A unidade que seria assumida pelo tenente fica a apenas 200 quilômetros do Palácio do Planalto.
O tenente também foi flagrado por câmeras do Aeroporto de Guarulhos tentando recuperar as joias enviadas por sauditas a Bolsonaro, apreendidas pela Receita Federal depois que o assessor que as trazia afirmou não ter “nada a declarar”, burlando o pagamento de impostos e a declaração de bens que excedem US$ 1 mil. As joias são avaliadas em R$ 16,5 milhões.
noticia por : UOL