Palestinos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental responderam, nesta segunda-feira (7), aos apelos por uma greve geral para exigir o fim da guerra de 18 meses em Gaza.
“Estive por toda a cidade hoje e não encontrei um único lugar aberto”, disse à AFP Fadi Saadi, um comerciante em Belém, na Cisjordânia ocupada.
Muitas ruas estão desertas. As lojas estão fechadas, assim como as escolas e a maioria das administrações públicas na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.
Uma coalizão de vários movimentos políticos palestinos – incluindo as principais facções rivais, Fatah e Hamas – havia convocado uma greve no dia anterior para “acabar com o genocídio e o massacre infligidos ao nosso povo”.
Pediu uma greve “em todos os territórios palestinos ocupados, nos campos de refugiados (…) e entre aqueles que apoiam a nossa causa”.
Em Ramallah, sede da Autoridade Palestina na Cisjordânia ocupada, os prédios públicos permaneceram fechados, de acordo com um jornalista da AFP.
Está prevista uma manifestação no fim da manhã no centro da cidade, onde está localizada a maioria dos ministérios da Autoridade Palestina, que tem autoridade limitada na Cisjordânia ocupada.
“Desta vez, a greve é séria, e o comprometimento do público é importante porque a agressão israelense agora afeta todos os lares palestinos, seja na Cisjordânia ou na Faixa de Gaza”, disse Issam Baker, coordenador dos movimentos em Ramallah.
“Vimos um comprometimento total em apoiar a greve de hoje em toda a Cisjordânia, algo que não acontecia desde 7 de outubro de 2023”, quando a guerra em Gaza começou, confirmou uma fonte de segurança da Autoridade Palestina.
Lojas também foram fechadas em Jerusalém Oriental, a parte da cidade onde vive a maioria dos palestinos, ocupada e anexada por Israel desde 1967.
A violência aumentou na Cisjordânia desde o início da guerra de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Ao menos 918 palestinos, entre eles muitos combatentes, mas também muitos civis, morreram na Cisjordânia por soldados ou colonos israelenses, de acordo com dados da Autoridade Palestina.
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Fonte: G1
