Pesquisadores encontram fósseis de dinossauros na Chapada dos Guimarães

Pesquisadores da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) encontraram no mês passado fósseis de dinossauros na Chapada dos Guimarães, a 65 quilômetros de Cuiabá.

Na região, já haviam sido localizados restos de dinossauros e de outros animais pré-históricos.

Dessa vez, segundo o professor da UFMT Rogério Rubert, coordenador da pesquisa, a diferença em relação a outras descobertas é que há muito material agrupado, de crânio e membros, por exemplo.

Os fósseis foram levados aos laboratórios da Faculdade de Geociências da universidade, em Cuiabá, para que sejam classificados e integrados ao material coletado em outras expedições na Chapada dos Guimarães.

“Esse material é muito significativo porque talvez, em se tratando de fósseis, será um dos mais importantes do Cretáceo Superior no Brasil por sua qualidade e completitude”, afirma Rubert à Folha.

“Temos o material de um possível dinossauro terópode [bípedes e geralmente carnívoros], o de um possível saurópode [herbívoros quadrúpedes] e os materiais que podem ser de outro indivíduo, mas ainda não temos plena certeza.”

O projeto de pesquisa vinha se desenvolvendo desde 2019, mas houve uma parada na pandemia de Covid-19. Mais tarde, as atividades foram retomadas na região onde já havia material fossilífero do Cretáceo Superior. De acordo com Rubert, o que não se sabia é que seriam encontrados tantos fósseis.

“É importante para o entendimento da evolução do Cretáceo Superior, da parte morfológica, filogenética e evolutiva desse grupo e, principalmente comparado com outras ocorrências do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil”, diz o docente.

O geólogo e professor da UFMT Caiubi Kuhn, integrante do projeto, afirma que o resultado das escavações mostra o potencial da região para outras incursões científicas. “É um trabalho longo, em várias etapas de prospecção. Uma escavação precisa de uma equipe muito grande em campo, trabalhando por um período longo. Aqui foi um dos primeiros lugares a ser descoberto fósseis no Brasil. Durante muito tempo não se teve trabalhos aqui sendo realizados. Então, acredito que se abre uma nova fronteira em termos de descobertas paleontológicas.”

noticia por : UOL

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