De acordo com uma testemunha feita de refém, após uma troca de tiros, o fuzil caiu no chão e um dos assaltantes ordenou que outra pessoa fosse buscar a arma — apontando para a importância do artefato para a quadrilha. Os projéteis deixados após a ação em Araçatuba passaram por perícia e foram comparados com outro crime de grande repercussão.
Em Guarapuava, uma transportadora de valores se tornou alvo dos bandidos, que portavam o mesmo armamento utilizado meses antes em Araçatuba, a 600 quilômetros. O assalto deixou um policial morto e dois feridos, mas os bandidos não conseguiram levar o dinheiro da empresa.
Nós temos obtido ligações dos materiais coletados e inseridos nos sistemas provenientes daquela ocorrência Lehi dos Santos, coordenador do Sinab, ao Fantástico
Em quatro anos, o sistema identificou quatro mil ocorrências de crimes cometidos com mesmas armas. Chamados de “hits” pela polícia, essas coincidências de arsenal são registradas na base de dados do Sinab, que colhe informações de perícias das polícias dos estados brasileiros.
A arma usada em Araçatuba e Guarapuava, por fim, acabou apreendida a quilômetros do último crime, já em Campinas. Em janeiro de 2023, homens armados mataram duas pessoas em um bar da cidade, e alguns dias depois a arma acabou apreendida e periciada. O resultado constatado foi que o artefato era o mesmo utilizado nos outros dois crimes.
noticia por : UOL