Representante da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores se encontrou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira, 22
Nesta quarta-feira, 22, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, se encontrou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e descartou a possibilidade de que o setor faça demissões em massa. De acordo com Leite, apesar de recentemente quatro montadoras de veículos automotivos anunciarem férias coletivas e paralisação temporária da produção, após uma queda acentuada na venda de carros e desaceleração do mercado, o momento atual é de recuperação e não de pensar em cortes na folha de pagamento: “Cada montadora tem a sua realidade”. A baixa procura por carros novos é motivo de preocupação para o presidente da Anfavea. Segundo ele, 70% dos carros vendidos no Brasil nos últimos anos eram financiado. Hoje, este percentual caiu para apenas 30%, o que significa que o brasileiro está investindo mais em carros usados, muitas vezes com mais de dez anos de uso. Por isso, o setor busca formas de ampliar as vendas. O preço tem assustado os compradores e as montadoras justificam a necessidade de aumentos por causa da alta no preço da matéria-prima.
“Na questão de preço, o governo obviamente tem limitações. Nós apresentamos ao governo um estudo que foi feito, que nós chamamos de Custo Brasil. São medidas de curto prazo, de médio prazo e de longo prazo para evitar e reduzir o Custo Brasil. Como a desburocratização dos sistemas, às vezes alguma regra administrativa que já perdeu o sentido pela evolução tecnológica. Nós apresentamos, não detalhamos o estudo, mas tem um estudo sim para apresentação, para redução e para a competitividade do setor”, explicou o presidente da Anfavea em conversa com jornalistas após a reunião. Ele também destacou a necessidade de reindustrialização no país e a aprovação da reforma tributária: “Nós entendemos que a reforma tributária é fundamental para o crescimento do país e consequentemente para o crescimento do setor. Nós procuramos trazer ao ministro algumas sugestões e algumas contribuições. Mas sempre dentro da normalidade e de acordo com o texto proposto”.