Auxiliares do Lula viam a situação no G7 como um espaço em que os líderes estariam em condições igualitárias e sem câmeras. Trump teria menos incentivo para dar show. Talvez houvesse a oportunidade para um aperto de mão cordial. Se isso acontecesse e se Lula sentisse que havia espaço, ele o convidaria pessoalmente para a COP30 no Brasil.
Hoje, isso é visto como uma possibilidade muito remota. Nos dois lados da diplomacia, tanto do brasileiro como do americano, ninguém pediu conversa. Não havia a perspectiva de uma [reunião] bilateral de Lula com Trump, mas os auxiliares do presidente botavam fé de que ele poderia se sair muito bem em uma conversa informal.
O Planalto não quer nos dizer que é muito ruim o Trump ter ido embora, mas certamente perdeu a oportunidade de abrir um diálogo que hoje não existe. A relação entre Brasil e EUA está no nível da burocracia diplomática, o que é muito pouco para dois países com tanta troca. Mariana Sanches, colunista do UOL
Mariana destacou que Lula centrará seu discurso para os principais líderes mundiais em dois pontos, ambos com posturas críticas em relação a Trump: o conflito na Faixa de Gaza e questões ambientais.
Lula havia preparado uma série de recados para dar a Trump. Eles ficariam sentados em uma mesa bem pequena, de 14 lugares, em uma sala intimista para um almoço. Lula falaria duramente contra a situação de Gaza, que ele tem chamado de ‘genocídio’, mas também falaria da importância de os líderes assumirem suas responsabilidades diante do aquecimento global e das mudanças climáticas.
É uma agenda muito cara a Lula, já que o Brasil sediará a COP30 em novembro. Trump é um negacionista climático, tendo retirado os EUA do Acordo de Paris e se elegeu voltando a investir pesado na exploração de petróleo.
noticia por : UOL