Sefaz destina R$ 440 mi à MT Par para quitar dívidas com bancos

O governador Mauro Mendes (União) anunciou, nesta terça-feira (18), que autorizou a Secretaria de Fazenda do Estado a pagar R$ 440 milhões a bancos para viabilizar a concessão, em definitivo, da rodovia BR-163 em Mato Grosso.

No ano passado, o Governo de Mato Grosso propôs que a MT Par, sociedade de economia mista do Estado, assuma o controle da concessão, que pertence à Rota do Oeste, para retomar as obras de melhorias na rodovia federal.

“Hoje, eu autorizei o secretário da Fazenda Rogério Gallo a depositar R$ 440 milhões na conta da MT Par (…) para quitar os bancos e ter condição de fazer a transferência societária. Agora depende do TCU (Tribunal de Contas da União), e daqui a poucos dias nós teremos o início definitivo das obras”, disse.

A declaração foi dada a produtores rurais e políticos no lançamento Norte Show, em Sinop (a 480 km de Cuiabá).

Segundo Mendes, os primeiros trabalhos deverão acontecer no trecho do Posto Gil, próximo a Diamantino, a Nova Mutum e prosseguir por toda via.

“Licitamos, neste momento, Posto Gil a Nova Mutum. Já está também finalizando a licitação para a requalificação de 100% da pista atual e vai melhorar muito a condição de rodagem para o grande tráfego que nós temos durante o período de safra. Se Deus quiser, nos próximos dias estará tudo resolvido”, disse.

“E o próximo trecho a ser contratado é a travessia urbana na cidade de Sinop, que sabemos o quanto isso tem sido um transtorno para todos vocês”, emendou.

Mendes ainda contou que para o Estado, por meio da MT Par, assumir a concessão da via, falta o aval do TCU.

A rodovia

Conforme a proposta apresentada pelo Governo, nos próximos dois anos serão investidos R$ 1,2 bilhão para a conclusão das obras no trecho mato-grossense da BR-163, com recursos próprios.

Em Mato Grosso, desde 2014, trecho de 800 km da BR-163 estão sob responsabilidade da Rota do Oeste, que se comprometeu a duplicar mais de 450 km de asfalto no Estado.

Entretanto, apenas 120 km de duplicação foram executados. O não cumprimento do contrato passou a ser apontado como a principal causa de mortes registradas na rodovia.

Em crise e sem caixa, a Rota do Oeste aceitou desistir da concessão.

midianews.

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