Indea-MT tranquiliza que casos de gripe aviária não implicam em perda de certificação

Na tentativa de tranquilizar os ânimos entre os empresários do setor agrícola donos de granjas em Mato Grosso, o coordenador do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT), João Néspoli, explicou que os casos de gripe aviária registrados no Brasil não implicam em perdas de certificações devido às contaminações ocorrerem em animais silvestres.

“Enquanto está nas aves silvestres, não perdemos nenhum tipo de certificação. É lógico que o mercado pode reagir de alguma maneira, mas o mais importante agora é protegermos as aves, não deixando que chegue em aves domésticas, de fundo de quintal. E, se chegar, resolver rapidamente o problema, evitando a perda de certificação que só ocorre se essa doença atingir as granjas comerciais de produção de carne e ovos”, falou Néspoli, em entrevista à Rádio Centro América, nesta quarta-feira (24).

O coordenador do Indea pontuou que o alerta emitido pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), nesta terça-feira, é uma manobra preventiva e reforçou que Mato Grosso não tem casos da doença. Mesmo sem histórico, os produtores devem ficar atentos, pois a gripe aviária é aferida, principalmente, em aves que têm contato com animais silvestres migratórios, realidade presente nos municípios de Cáceres, Araguaiana e Chapada dos Guimarães.

“Já fizemos reuniões com todos os produtores rurais e donos de granjas comerciais solicitando que intensifiquem as medidas. Também intensificamos as ações na fronteira internacional com a Bolívia. Lá, são seis equipes trabalhando todos os dias. Os colaboradores passaram por um treinamento para atender qualquer suspeita ou notificação que o produtor passe ao Indea”, garantiu o representando do órgão.

Néspoli também destacou os principais sintomas da gripe aviária entre humanos e orientou os produtores sobre sinais para deixá-los em estado de alerta. “A gripe afeta, principalmente, a coordenação motora, pode causar torcicolo, apatia, tosse, espirro, congestão nasal. O produtor também pode se deparar com uma mortalidade alta nas aves do seu quintal. Essas são as principais características que o produtor deve reparar. É importante não manipular as aves e comunicar imediatamente uma unidade do Indea para que tomemos as providências”, falou o membro do Indea-MT.

“Porém, essa transmissão ocorre pelo contato com aves com a doença e não pela ingestão de carne e ovos”, finalizou Néspoli.

hnt.

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